18.9.08

o porvir

Quando tiram a remela dos nossos olhos e a gente respira, nem imagina o porvir.
O porvir.
A própria palavra que parece piada de mau-gosto.
Você não acredita em nada, em Deus, em destino, em nada. As coisas simplesmente acontecem e você não tem mãe, não tem mão que salve. Está entregue e por mais que alguns instantes até gosta.
Mas quando chega a sua vez de limpar as remelas dos olhos dos que ama, tudo que quer é que sua mão seja grande o bastante, pra poder conter a palavra feia.

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