26.11.08

beleza, japão, gravuras e minha mais recente fixação

Se eu fosse menos cética, e pudesse imaginar um paraíso, ou uma terra prometida, ela seria pautada pela beleza oriental. Talvez pela antiguidade da cultura, os conceitos estéticos deles sejam tão mais refinados que os nossos. É só olhar pra ver. É imediato. Eles sabem - e isso até hoje – comunicar pela arte. Também porque são livres. A moral oriental é uma coisa infinitamente mais flexível que a nossa, daí que as loucuras mais absurdas, lá, não são trancadas no armário. E as vezes servem como base pra sua arte.
São humanos, os orientais. Estranhos somos nós, aqui.

Aí em baixo estão minhas mais recentes fixações, as gravuras japonesas, os ukiyo-e , que influenciam tanta gente do desenho por aí. Algumas são lá do século 16. Absurdo! Como já eram modernos! Elas começaram a ser pensadas como ilustrações para livros, mas, com a popularização da xilogravura, pularam para fora das publicações, e passaram a ser produzidas em série e vendidas à classe burguesa de Edo ( nome antigo de Tóquio) que não tinha como comprar um original.
É mais ou menos o que está acontecendo hoje no mercado da arte.
Mas quem produz agora não é mais tão livre, nem tão competente.


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Hishikawa Moronobu
O primeiro.Na década de 1670.



Utagawa Kuniyoshi (1797 – 1861)
Considerado o primeiro superstar do ukiyo-e.Adoro o traço forte e as cores diferentes que ele usava.Começou a produzir com 12 anos de idade. Falava sobre morte, sobre fantasmas, mas também tem a série delicada sobre guerreiros, animais e crianças.












Tsukioka Yoshitoshi (1839 – 1892)
Discípulo direto de Kuniyoshi, teve uma vida miserável que dava um filme – com direito a ser sustentado por gheishas que vendiam o corpo por ele – e produziu uma série ao mesmo tempo perturbadora e popular, as “bloody prints”, de onde vieram as Eimei nijûhasshûku (“Vinte e oito assassinatos com verso”), onde descreve em imagens, sim, vinte e oito assassinatos. Vendeu como água no Japão tomado pela guerra.












3 comentários:

Anônimo disse...

que FODA.

Anônimo disse...

dahr sempre esqueço de assinar, é anapands. e escuta lee, hoje parece que vai ter a peça da fernanda sobre a ana c. na biblioteca alceu amoroso lima (pinheiros) as 20h

Anônimo disse...

pois é, quero colar sim mas tô numa treta... de repente dou um foda-se e vou. ou não. vamovê. beijo!